sábado, 22 de outubro de 2011

A arte de ser uma Gueixa

E cá estou pedindo desculpas pela demora, mas estou muito enrolada com os trabalho trimestrais, então nos finais de semana estarei aqui, tentando postar coisas novas!! Bem, hoje é sobre algo que encanta desde pequena!


Gueixa (芸者 geisha) ou Gueigi(芸妓 geigi) são mulheres japonesas que estudam a milenar tradição da arte da sedução através da sedução, da dança, e do canto, se caracterizando pelos trajes e maquiagem tradicionais. Ao contrário do que muitos pensam, gueixas não podem ser comparadas com as prostitutas ocidentais, pelo contrário, elas não trabalham com sexo. No Japão a condição de Gueixa é cultural, simbólica,  repleta de status, delicadeza e tradição. São em alguns aspectos similares às Kisaeng coreanas. O termo geiko (芸子) é também usado no dialeto de Quioto para descrever as gueixas, especialmente no bairro Hanamachi. Ao contrário do que se verificava nos séculos XVIII e XIX, as gueixas são atualmente em número mais reduzido. Maiko (舞妓) é o termo utilizado para designar uma gueixa aprendiz. 
O elegante, mundo de alta cultura de que a gueixa faz parte é chamado karyūkai (柳界, "a flor e mundo de salgueiro"). Uma gueixa famosa, Mineko Iwasaki, disse que isso é porque "gueixa é como uma flor, bela em seu próprio estilo, e como um salgueiro, graciosa, flexível, e forte." 

Mas... Por que o nome "Gueixa"? 
"Gueixa" é um nome próprio que consiste em dois kanji, cuja tradução literal para o nosso idioma seria "artista". O termo "geiko" é utilizado na região de Kansai para distinguir geixas tradicionais e onsen gueixa, que são prostitutas que usam uma vestimenta similar, com a diferença do Obi("cinturão" de tecido) que nesse é trajado na frente enquanto as tradicionais gueixas utilizam-o nas costas. 
Nota da autora: segundo muitas fontes, dentre as vestimentas das gueixas, dizem que o Obi é o mais complicado de se utilizar, por ser retirado direto, as gueixas profissionais contam com a ajuda de algum profissional para montarem seus figurinos antes das apresentações... 


As gueixas aprendizes são chamadas de maiko,(composta de dois kanji, cuja tradução literal seria criança dançarina) e foram elas que, com sua maquiagem branca, quimonos elaborados e penteado em forma de pêssego que apresentaram para o ocidente a tradição das gueixas, tornando-se estereótipos das mesmas aqui(no ocidente).


É tradição que uma gueixa iniciasse sua formação muito nova, não sendo comum a prática da venda de crianças muito novas para casas de gueixas em bairro de melhor reputação, porém, era esperado que as filhas das gueixas se tornassem gueixas também, como sucessoras(atatori/herdeiro).
O primeiro estágio desta formação designava-se por shikomi, e assim que as moças chegavam à okiyaa, eram colocadas ao serviço doméstico, realizando as tarefas domésticas como criadas, sendo esse trabalho difícil justamente para forçar a transformação das moças à nova casa, e à nova vida que se lhe apresentaria pela frente. A shikomi mais nova era "obrigada" a esperar acordada pela gueixa mais velha à noite, enquanto esta não regressasse dos seus compromissos, muitas vezes tardavam para tarde da madrugada. Durante este estágio, a shikomi frequentaria aulas na escola de gueixas da sua zona (hanamachi). Atualmente, este estágio persiste, principalmente para acostumar as moças ao dialeto tradicional, tradições e vestuário dos karyūkai.
Após verificar-se a habilidade e dedicação artística da aprendiz, e completasse esse estágio após um difícil teste de dança, esta passaria a segundo estágio: miranai. Nesse estágio, a [i]miranai[i] não exerce os afazeres domésticos, e se dedica mais à formação anterior, agora já fora de casa e fora da escola, seguindo o exemplo de uma gueixa mais experiente - onee-san, irmã mais velha - cuja ligação simbólica é celebrada através de um ritual. Embora já participem em ozashiki (banquetes em que os convidados se fazem acompanhar de gueixas), não participam em nível avançado; seus quimonos, mais elaborados que os das maiko, são concebidos para deslumbrar quanto baste para compensar. Embora as minarai já possam ser contratadas para festas, tipicamente não são convidadas para as festas em que a sua onee-san participe — mas são sempre bem-vindas. Tipicamente, uma minarai cobra 1/3 do "pagamento" a uma "gueixa completa", e trabalha em conjunto com uma casa de chá (designada minarai-jaya), aprendendo com a oka-san (a proprietária). As técnicas desenvolvidas neste estágio não são nem ensinadas na escola, já que o nível de conversação e brincadeiras só poderá ser desenvolvido através da prática. Este estágio dura, em média, apenas um mês.




As gueixas modernas ainda vivem em casas chamadas Okiya , em áreas denominadas Hanamachi(cidades de flor) durante sua aprendizagem.  O elegante mundo de alta cultura de que a gueixa faz parte é chamado karyūkai ("a flor e mundo de salgueiro"). A gueixa ainda estuda instrumentos clássicos com shamisen, shakuhashi(flauta feita de bambu) e tambores, além de canções tradicionais, dança tradicional japonesa, cerimônias e chá, literatura e poesia.
Quioto é considerado, por muitos, o lugar onde a tradição de gueixa é a mais forte hoje em dia, inclusive Gion Kobu. A gueixa nesses distritos é conhecida como geiko.


As gueixas são muitas vezes confudidas com as Oiran(onsen, em algum site que vi). Como as gueixa, as oiran usam penteados complicados e maquiagem branca. Um modo simples para diferencias os dois consiste em que oiran, como prostitutas, atam o seu obi na frente, e a gueixa o faz nas costas na maneira habitual. Durante o período Edo, a prostituição foi legal e as prostitutas como a oiran foram autorizadas pelo governo. Mas a gueixa foi estritamente proibida de manter uma licença de prostituição, e oficialmente proibida de fazer sexo com seus clientes. O acordo de autorização levou ao termo derrogativo 'registro duplo', referindo-se à gueixa promíscua.






Foi tradicional no passado de gueixa tomar um patrono, ou danna, que era tipicamente um homem rico,com meios de financiar as despesas da formação de uma gueixa e outros custos. Atualmente é mais raro de se acontecer, mas pode. 













Enquanto é verdadeiro que uma gueixa não pode ser paga para ter relações pessoais com homens que ela encontra pelo seu trabalho, tais relações são cuidadosamente escolhidas e improvavelmente são casuais. Um hanamachi tende a ser uma comunidade muito unida e a boa reputação de uma gueixa não é "arrancada" facilmente da reputação conquistada durante o tempo. 


Onde pesquisei: Japão em foco,Wikipédia



Bem, esse post sobre as gueixas foi a minha escolha sobre um dos pontos da cultura japonesa, por que desde pequena ouço falar sobre elas... Aqui é como se estivesse voltando ao meu infame passado nublado que tenho tantas saudades...

Nenhum comentário:

Postar um comentário